Avaliação do tratamento cirúrgico do pé plano adquirido do adulto estágio II

Autores

  • André Bergamaschi Demore1
  • Antônio Kim
  • Leandro Marcantonio Camargo
  • Anderson Stiegemaier

Palavras-chave:

Tenossinovite; Deformidades do pé; Disfunção do tendão tibial posterior

Resumo

Objetivo: A insuficiência do músculo tibial posterior é uma das principais causas de pé plano adquirido do adulto. Muito se sabe sobre sua evolução, porém seu tratamento ainda é controverso, principalmente em relação ao estágio II. No intuito de achar a melhor forma de tratamento, foram analisados, neste trabalho, os resultados clínicos (satisfação subjetiva, teste na ponta dos pés, força supinadora e escala da American Orthopaedic Foot and Ankle Society pré e pós-operatório) e radiográficos (ângulo talo-primeiro metatársico, ângulo talocalcâneano, altura do cuneiforme medial e cobertura dos tálus) de 13 pacientes (13 pés) que apresentavam pé plano adquirido do adulto em estágio II. Métodos: O estudo foi realizado com pacientes tratados no período de janeiro de 2001 a agosto de 2008, para preencher o seguimento necessário. Estes foram submetidos à: osteotomia de medialização, varização e translocação plantar do calcâneo, além de transferência do flexor longo dos dedos. Quanto ao gênero, 11 eram mulheres; a média de idade foi de 63,4 anos. Foram incluídos pacientes com dor refratária ao tratamento conservador, idade acima de 50 anos, fraqueza do tendão tibial posterior e pé plano de início na idade adulta. Foram excluídos pacientes com diabetes, infecção, artropatias inflamatórias, sequela de trauma, barra társica, neuroartropatias e artrose. Resultados: Dos 13 pacientes, 9 consideraram-se muito melhores (69,3%); 2 melhores (15,3%) e 2 piores (15,3%) do que antes da cirurgia. O tempo médio de seguimento foi de 49 meses (12 a 94 meses). A pontuação da American Orthopaedic Foot and Ankle Society pré-operatória média foi 24 (8-54) e a pós-operatória 79,3 (28-100). Conclusão: A recuperação se dá em médio prazo e os resultados radiográficos não se correlacionam aos clínicos.

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Publicado

2012-12-31

Edição

Seção

Artigos Originais

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