Ruptura do tendão calcâneo: mobilização e carga precoce após reparo cirúrgico

Autores

  • Mário Kuhn Adames1
  • Cristiano Carvalho Sansão3
  • Gilbert Serpa3
  • Gustavo Birro2
  • Renan Gallas Mombach2
  • Simone Zambeli Alberti

Palavras-chave:

Tendão do calcâneo/cirurgia; Tendão do calcâneo/lesões; Movimento/ fisiologia; Recuperação da função/fisiologia

Resumo

Objetivo: A mobilização precoce após o tratamento cirúrgico da ruptura do tendão calcâneo é um ponto de controvérsia na literatura. O objetivo deste estudo foi avaliar os resultados funcionais da mobilização e a carga precoce por meio de protocolo clínico. Métodos: Foram avaliados 36 pacientes portadores de ruptura do tendão calcâneo, os quais foram submetidos à cirurgia de reparação com sutura de Krackow e transferência tendinosa (fibular curto e/ou Lynn). Os pacientes foram imobilizados com tala suropodálica gessada por, no máximo, 15 dias de pós-operatório. Após, até a semana, foi utilizada tala suropodálica articulada com bloqueio da dorsiflexão e permitida carga sobre o tornozelo lesado. A avaliação dos resultados foi baseada em um questionário e no exame clínico, realizados na última consulta. Resultados: Foram obtidos, quanto à presença de aderência, grau 0 em 14 pacientes e grau I em 2 casos; a mobilidade articular em todos os pacientes apresentou-se igual ao lado contralateral; força de elevação na ponta do pé, em média, 5,16% inferior ao lado não-operado; atrofia muscular da panturrilha foi em média de 1,38 cm, e hipertrofia do tendão em média de 1,05 cm; retorno às atividades diárias em torno da nona semana e esportiva em torno do quarto mês. Todos os pacientes estavam satisfeitos com seus resultados, com exceção de dois pacientes, um deles satisfeito com restrição leve e outro, com restrição maior, devido à dor esporádica na cicatriz hiperplásica. Conclusão: O reparo da ruptura do tendão calcâneo pela técnica de Krackow, associado à transposição tendinosa do fibular e/ou plantar delgado, possibilitou a mobilização e carga precoce com retorno da força e da função em todos os pacientes. Não houve nenhum caso de rerruptura, apresentandoresultados clínicos satisfatórios (excelentes/bons) em 94,44% dos casos.

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Publicado

2010-06-30

Edição

Seção

Artigos Originais